quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Hidroterapia

Hoje eu fiz a minha primeira sessão de hidroterapia. Muito boa por sinal, quase não doeu. Por isso eu acabei tendo a falsa sensação de que estava melhor do que de fato estava.

Quando comecei os exercícios fui me sentindo mais forte a cada passo que dava. E acho que outra coisa que me fez me sentir forte foi o dito referencial. Na piscina haviam dois senhores de uns setenta anos, uma senhora sexagenária, uma senhora uns quinze anos mais nova que ela, uma senhorinha também de uns ciquenta anos só que anã, um garoto de uns oito anos, a fisioterapeuta e eu. Ora, não tinha como eu não me sentir mais forte, eles mal conseguiam andar e eu estava lá, sem dor. Há tempos eu não era a pessoa mais forte em um lugar (afinal estou bastante debilitado) e eu era o mais forte da piscina inteira!

Tudo corria bem, até que me instruiram a andar de costas na piscina. Lá ia eu, todo pimpão, quando olho pro lado e vejo que a senhora sexagenária estava me acompanhando (só que andando de lado). Tudo bem, grande coisa, estamos todos aqui para nos recuperarmos, certo? Pera aí, por que o menino tá nadando do meu outro lado? Começo a perceber que ele vem nadando com o objetivo de me ultrapassar, me deixar para trás, ser o mais forte da piscina.

- Que absurdo, não pode ser, tenho que deixar de ser tão competitivo... Deixa ele passar, se concentra no seu tratamento - pensei eu.

Assim que o capetinha passa eu vejo um largos sorriso se abrir naquela carinha diabólica. Filho-da-mãe, isso não vai ficar assim. Quando me concentro em apertar o passo e busca-lo percebo que a senhora já abriu uma boa distância de mim.

Uso todas as minhas forças para buscar o moleque, mas a velha já tinha aberto muita vantagem. E no cantinho a velhinha anã começou a comemorar...

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